Pessoas com DIABETES desempenham um papel central no seu próprio tratamento, através de cuidados como: a dieta, o exercício físico, o uso correto das medicações e a automonitorização glicêmica.
A automonitorização glicêmica é a prática do paciente diabético medir regularmente a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico.
Medir freqüentemente os níveis de glicose no sangue, através do uso de aparelhos portáteis no sangue da ponta dos dedos, é uma oportunidade para o diabético assumir o controle da sua própria saúde. Essa é uma das melhores maneiras de determinar se o tratamento para o diabetes está sendo efetivo, isto é, se a glicemia está sendo mantida o mais próximo do normal possível.
Os exames de laboratório solicitados regularmente pelo médico (glicemia venosa, hemoglobina glicada etc.) fornecem uma estimativa da qualidade do controle glicêmico, mas apenas a monitorização domiciliar da glicemia pode permitir ao paciente o ajuste fino do plano de tratamento, conforme a variação do diabetes de um dia para o outro e com as diferentes situações do cotidiano. Com isso, é possível um controle glicêmico mais rigoroso, que diminui a chance de complicações diabéticas a longo prazo e também retarda a progressão das complicações porventura existentes.
Além disso, a automonitorização ajuda a prevenir as conseqüências potencialmente sérias de flutuações excessivas nos níveis de glicose (hiperglicemia e hipoglicemia).
COM QUE FREQÜÊNCIA DEVEM SER FEITAS MEDIDAS DE GLICEMIA?
A freqüência da automonitorização vai depender, em primeiro lugar, do tipo de diabetes. Além disso, varia com outros fatores, que podem alterar os níveis de glicemia, e com as metas do tratamento.
PORTADORES DE DIABETES TIPO 1 – Estes pacientes precisam manter a glicemia tão próxima do normal quanto possível. Para isso, a monitorização diária da glicose sangüìnea é indispensável. O número de medidas por dia varia de paciente para paciente. Idealmente, a maior parte dos pacientes com diabetes tipo 1 precisa fazer medidas de glicemia de 3 a 4 vezes por dia. Pacientes em tratamento mais intensivo (contagem de carboidratos, bomba de infusão de insulina etc) precisam fazer até 7 medidas por dia.
PORTADORES DE DIABETES TIPO 2 – A monitorização da glicemia também é importante nestes pacientes, mas geralmente a freqüência não precisa ser tão grande quanto nos pacientes com diabetes tipo 1. O médico endocrinologista é quem vai determinar o plano de monitorização mais adequado para cada paciente, levando em conta fatores como: o tipo de medicação utilizada, a presença de complicações do diabetes, a qualidade do controle glicêmico etc.
COMO USAR OS RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO
Toda medida de glicemia deve ser registrada. O paciente deve anotar: o valor da glicemia, a hora do dia em que foi medida, a dose da medicação usada, o tempo decorrido desde a última refeição, se foi feito exercício recentemente e a presença de qualquer doença ou stress.
Vários dias de monitorização são necessários para definir um padrão da glicemia durante o dia e para permitir ajustes na medicação ou nos hábitos de vida do paciente.
Diabéticos tipo 1 em tratamento intensivo podem ajustar sua própria dose de insulina antes das refeições, de acordo com a medida da glicemia nesses momentos.
Diabéticos do tipo 2 podem usar os seus registros de glicemia para avaliar a efetividade do seu tratamento e para fazer pequenos ajustes.
IMPORTANTE: As anotações de glicemia devem ser levadas a TODAS as consultas com o médico.
Fonte: American Diabetes Association – www.diabetes.org
ATENÇÃO : De acordo com Lei Federal nº 11.347, que entrou em vigor em setembro de 2007, todo portador de diabetes tem direito garantido de receber gratuitamente do Sistema Único de Saúde - SUS todos os medicamentos para o tratamento da doença e os materiais necessários à sua aplicação e à monitorização da glicemia capilar.
Antonia Alzira Seraphim
Presidente da ABAD
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